quarta-feira, 21 de março de 2007

Santarena (by Bernardo Botelho Fontes)

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Santarena

E o escambau!
Foi esse o barulho, música, sinfonia, uníssono,
Seja lá o que quer que seja,
Que ouvi quando a porta de casa se escancarou.
Como nas mais clássicas cenas de Hollywood,
Não via quem era,
Havia apenas uma sombra,
Torneada por toda uma luz branca...
Sim, coisa meio angelical mesmo!

Eu a conheci aos muitos,
Foram necessárias poucas horas
Para que ela desvendasse meus segredos.
E lá ia ela, caminhando,
Rasgando todo e qualquer véu,
Expondo para o mundo
O que eu sabia que era fazia muito tempo:
A timidez da irreverência!

Roubou (até hoje não sei de quem)
A chave da minha boca e de meus sorrisos.
Amadrinhou a minha por vezes turbulenta união.
Sofreu, e acho que ainda sofre,
Por um amor tão caro e tão cobiçado
Quanto moeda de um centavo por empresário rico.
E é nesse ponto desta história em quadrinhos
Que surge a sua própria revolução.
Onde para muitos só há o nada,
Ela, com seus lápis de cera, pinta o mundo,
O muro, o moço e talvez até o sete.

No final das contas,
Eu conto a Deus dará o meu próprio conto:
Ela é minha santa
E Amém.

Bernardo Botelho Fontes - 19/03/2007
O poema foi feito para mim, de meu amigo Bernardo.

3 comentários:

Bernardo Botelho Fontes disse...

beleza, beleza...

Anônimo disse...

Amém... daqui tbm.

Cuidado com essa santa.. entra sem bater.

rsrs

Abrçs.

l.ratamero disse...

Tatah!
=D